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A consciência da Rede Globo


“Porque, sabe como são os negócios hoje, o mundo é diferente. Tudo é mais internacional. A Globo ganhou com o acordo. A Time-Life pôs, mais do que qualquer outra coisa, dinheiro. Dinheiro e um pouco de assistência técnica, mas não muito. Eu penso que normalmente esse tipo de acordo não é feito pensando no interesse nacional. É sempre uma companhia pensando como eles podem entrar para ganhar poder ou dinheiro.
Plim-Plim: Dinheiro e poder
A Rede Globo de Televisão foi fundada na década de 60 com participação do grupo norte-americano Time-Life. Desde sua fundação a nova emissora de televisão já se viu envolvida em negociatas, pois o acordo com a Time violava o Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, o decreto 52.795, o qual proibia acordos com empresas estrangeiras no âmbito de exploração dos serviços de teledifusão, sem prévio consentimento do Contel.
Proprietário na época do jornal O Globo, o jornalista Roberto Marinho foi encorajado a entrar no ramo da televisão pelo judeu norte-americano Andrew Heiskell, chairman da Time Inc.
Conforme relata Luiz Eduardo Borgerth, diretor da Rede Globo durante muitos anos,
“Roberto Marinho aventurou-se, às vésperas de seu sexagésimo aniversário, a fazer sua televisão, em associação com o Time, inaugurando a TV Globo em 1965, ano em que faria 61 anos. Sua associação com o Time-Life deflagrou uma violenta campanha “nacionalista” promovida pelos Diários Associados, denunciando a presença de capital estrangeiro na radiodifusão, então proibida pela Constituição. Hoje, doutor Roberto seria enaltecido. Naquela data, a TV Tupi tinha tentado a mesma coisa com a CBS e a NBC, sem resultados. Daí, o extremado nacionalismo.”
A pessoa de confiança enviada ao Brasil pela Time foi o neto de judeus russos, Joseph Wallach, nascido em Nova York e veterano da Segunda Guerra Mundial:
“Quando tinha 19 anos, em 1943, fui treinado e me tornei oficial em infantaria. Aos 21 anos, estava no exército e fui mandado para a guerra na Bélgica, em 1944. Estive em Ardennes, na batalha do Bulge, com neve, muito frio.”

Joe Wallach com Roberto Marinho no Natal de 1978
“Joe” Wallach foi a pessoa que forjou o espírito da Globo desde sua inauguração, em 1965, pois ninguém da empresa entendia de televisão. Ele chegou ao Brasil enviado pelo grupo norte-americano para construir o que hoje se tornou o império global. Analisando-se a essência da programação da emissora nos dias de hoje, percebemos que aparentemente nada mudou e ela continua a encher os lares brasileiros com “coisas ridículas”, da mesma forma que fazia Joe na década de 60:
“…a TV Rio estava em primeiro lugar na época, nós estávamos em quarto, passando uns programas americanos dublados em português, coisas ridículas como A família Buscapé.”
Quanto à participação do grupo Time nos negócios da Globo, Joe Wallach justifica o acordo da seguinte forma:
“Porque, sabe como são os negócios hoje, o mundo é diferente. Tudo é mais internacional. A Globo ganhou com o acordo. A Time-Life pôs, mais do que qualquer outra coisa, dinheiro. Dinheiro e um pouco de assistência técnica, mas não muito. Eu penso que normalmente esse tipo de acordo não é feito pensando no interesse nacional. É sempre uma companhia pensando como eles podem entrar para ganhar poder ou dinheiro.

Joe na praia com Boni, seu melhor amigo brasileiro até hoje:
“No começo houve muito choque entre nós, hoje somos irmãos”
Não só dinheiro é objetivo de tais negociatas, mas o poder sobre as pessoas – o controle das mentes – também é alcançado pela linha editorial influenciada através daqueles que estiveram presentes desde o primeiro minuto da vida empresarial. Analisando-se os resultados atuais das pesquisas revisionistas a cerca do Holocausto judeu, estes já deveriam ter motivado há muito tempo sua exposição objetiva nos canais de televisão. Mas o governo das sombras de Andrew Heiskell e Joseph Wallach contribuiu somente para acentuar a natural ojeriza jornalística contra qualquer aspecto do nacionalismo, principalmente do Nacional-Socialismo, como bem ilustrou o recente episódio da advogada brasileira na Suíça
A análise objetiva dos aspectos econômicos da doutrina nacional-socialista, sua luta contra o capitalismo selvagem, iria abalar seriamente a estrutura de poder da plutocracia. Apenas a discussão em torno da legitimidade de exploração do não-trabalho – a escravidão através dos juros bancários – parece provocar verdadeiro pânico nosplutocratas