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O mito da igualdade



A verdade é que não existe tal coisa designada “igualdade”. Os seres humanos são diferentes, não são iguais. Posto isso, os seres humanos merecem, não um tratamento igual, mas um tratamento adaptado ás suas capacidades e valor para a sociedade.
“A pior forma de desigualdade é tentar tornar iguais coisas desiguais” – Aristóteles
Todas as épocas têm uma lenda fundada, um mito subjacente que reflete o Zeitgeist desse tempo. Aqueles, que como nós, vivem no Ocidente contemporâneo vivem na sombra do Mito da Igualdade. As nossas instituições políticas e sociais funcionam a partir da premissa que todos os seres humanos são fundamentalmente iguais e que quaisquer reais desigualdades no mundo são, como tal, aberrantes, necessitando de uma emenda coerciva. Contratações, despedimentos, admissão em Academias, e até os nossos próprios padrões de linguagem, tudo é ditado pelos princípios igualitaristas. Diviniza-se os campeões da igualdade como santos da racionalidade e demoniza-se os seus oponentes como ignorantes provincianos ou arruaceiros provocadores. Quais são então as raízes e resultados do Mito da Igualdade?
Igualdade: Origens de um Mito

Apesar da maneira como o Mito da Igualdade tem sido “embalado e vendido”, as suas origens são no mínimo surpreendentes. Não obstante, ser anunciado como um produto do racionalismo iluminista, e como a escolha “lógica” de todo o ser humano inteligente, o igualitarismo está enraizado não nas evidências científicas ou investigação racional, mas antes, na metafísica e teologia cristã. De fato, a realidade e ciência empíricas permanecem como pontos-chave embaraçosos para os pensadores igualitaristas, pois elas são reveladoras de que os seres humanos NÃO são iguais, antes pelo contrário, estes possuem amplas e distintas aptidões e capacidades. A dura realidade é que alguns seres humanos são largamente mais capazes que outros, e desse modo, num sentido prático, são superiores em relação aos menos dotados. Em resultado disso, os igualitaristas são forçados a recorrer ao argumento essencialmente metafísico de que os seres humanos têm a mesma essência e valor “moral” ou “espiritual” e, posto isso, merecem um tratamento igual. Esta pretensão está, com certeza, enraizada não numa observação racional, mas nas escrituras cristãs, derivando derradeiramente da noção de que todos os seres humanos são iguais perante Deus (cf. Gálatas 3:26-29, 10:34-35-17:26). Obviamente, isto assenta no disfarce racionalista, no qual os igualitaristas gostam de se encapotar (e explica o porquê da curiosa relutância dos mesmos em introduzir evidências empíricas nas suas posições, enquanto os nacionalistas e outros não-igualitaristas são capazes de defender as suas idéias com abundantes fatos estatísticos e empíricos).
Conseqüências sociais do Mito da Igualdade
Existem, sem dúvida, perigos inerentes à aceitação não-avaliada de mitos, e o Mito da Igualdade não é exceção. As ramificações do igualitarismo são manifestas e múltiplas.
1. O Mito da Igualdade penaliza os talentosos e conduz à sociedade da mediocracia. Os seres humanos mais capazes e mais dotados, são sistematicamente discriminados no intuito de beneficiar os mais ordinários (o sistema de quotas ou a affirmative action nos EUA [e no Brasil] são exemplos desse processo). A excelência é olhada com suspeição e não é recompensada de todo. O resultado final é uma “igualdade” de mediocracia uniforme, uma situação que é ao mesmo tempo contra-produtiva (obviamente) e não-natural (a evolução favorece a diferenciação, hierarquia e o progresso das formas de vida mais elevadas).
2. O Mito da Igualdade conduz à degeneração dos valores e dos ideais. Honra, fidelidade e transcendência são virtudes aristocráticas (isto é, elas são virtudes de homens superiores), e, como tal, não têm lugar na sociedade dos “iguais”. O resultado, não surpreendentemente, é a decadência social, lares e famílias destroçadas, crime, vícios, inveja, enfim, os frutos do igualitarismo. Mesmo a Arte é afetada pela mão maligna do igualitarismo, pois a sociedade igualitária direciona todas as suas energias na pacificação e divinização do “homem normal” (em termos matemáticos, o mais baixo denominador comum). O resultado é “arte” desprovida de sentido, destinada a chocar ou simplesmente a ornamentar. Tudo isto está travestido.
A verdade é que não existe tal coisa designada “igualdade”. Os seres humanos são diferentes, não são iguais. Posto isso, os seres humanos merecem, não um tratamento igual, mas um tratamento adaptado ás suas capacidades e valor para a sociedade. O perigoso e irracional Mito da Igualdade tem de ser rejeitado, pois ele não é mais do que um cancro social que devora a própria estrutura da sociedade civilizada.
Jon Smith