A verdade é que não existe tal coisa
designada “igualdade”. Os seres humanos são diferentes, não são iguais. Posto
isso, os seres humanos merecem, não um tratamento igual, mas um tratamento
adaptado ás suas capacidades e valor para a sociedade.
“A pior forma de
desigualdade é tentar tornar iguais coisas desiguais” –
Aristóteles
Todas as épocas têm uma lenda fundada,
um mito subjacente que reflete o Zeitgeist desse tempo. Aqueles, que como nós,
vivem no Ocidente contemporâneo vivem na sombra do Mito
da Igualdade. As nossas instituições políticas e sociais funcionam
a partir da premissa que todos os seres humanos são fundamentalmente iguais e
que quaisquer reais desigualdades no mundo são, como tal, aberrantes,
necessitando de uma emenda coerciva. Contratações, despedimentos, admissão em
Academias, e até os nossos próprios padrões de linguagem, tudo é ditado pelos
princípios igualitaristas. Diviniza-se os campeões da igualdade como santos da
racionalidade e demoniza-se os seus oponentes como ignorantes provincianos ou
arruaceiros provocadores. Quais são então as raízes e resultados do Mito da
Igualdade?
Igualdade: Origens de um Mito
Conseqüências sociais do Mito da Igualdade
Existem, sem dúvida, perigos inerentes
à aceitação não-avaliada de mitos, e o Mito da Igualdade não é exceção. As ramificações do
igualitarismo são manifestas e múltiplas.
1. O Mito da Igualdade penaliza
os talentosos e conduz à sociedade da mediocracia. Os seres humanos mais
capazes e mais dotados, são sistematicamente discriminados no intuito de
beneficiar os mais ordinários (o sistema de quotas ou a affirmative
action nos EUA [e no
Brasil] são exemplos desse processo). A excelência é olhada com suspeição e não
é recompensada de todo. O resultado final é uma “igualdade” de mediocracia
uniforme, uma situação que é ao mesmo tempo contra-produtiva (obviamente) e
não-natural (a evolução favorece a diferenciação, hierarquia e o progresso das
formas de vida mais elevadas).
2. O Mito da Igualdade conduz
à degeneração dos valores e dos ideais. Honra, fidelidade e transcendência são
virtudes aristocráticas (isto é, elas são virtudes de homens superiores), e,
como tal, não têm lugar na sociedade dos “iguais”. O resultado, não
surpreendentemente, é a decadência social, lares e famílias destroçadas, crime,
vícios, inveja, enfim, os frutos do igualitarismo. Mesmo a Arte é afetada pela mão
maligna do igualitarismo, pois a sociedade igualitária direciona todas as suas
energias na pacificação e divinização do “homem normal” (em termos matemáticos,
o mais baixo denominador comum). O resultado é “arte” desprovida de sentido,
destinada a chocar ou simplesmente a ornamentar. Tudo isto está travestido.
A verdade é que não existe tal coisa
designada “igualdade”. Os seres humanos são diferentes, não são iguais. Posto
isso, os seres humanos merecem, não um tratamento igual, mas um tratamento
adaptado ás suas capacidades e valor para a sociedade. O perigoso e irracional
Mito da Igualdade tem de ser rejeitado, pois ele não é mais do que um cancro
social que devora a própria estrutura da sociedade civilizada.
Jon Smith
Fonte: www.probranco.org