"Meu povo diz que a tribo exterminada tinha o cabelo avermelhado. Tenho alguns de seus cabelos, que foram passados de pai pra filho. Tenho um vestido que está na minha família a muitos anos, aparado com o cabelo avermelhado. Vou usa-lo algum dia que eu palestrar. Ele é chamado vestido de luto e, ninguém tem esse vestido, mas minha família tem" - Sara Winnemuca Ropkins (1844 - 1891)
Os índios Payuts ou Payuch, para nós, Paiutes, são uma etnia nativo americana cujo sua gente pode ser encontrada hoje em regiões dos estados Norte-americanos de Nevada, Utah, Califórnia, Colorado, Idaho, Oregon e Arizona. Entre 900 e 1250 eram parte das culturas Anasazi e Fremont. Mas hoje em dia, muitos deles já abandonaram as reservas onde vivem boa parte de seus sub-grupos e leva uma vida totalmente integrada a sociedade moderna. Inegável que sua cultura seja algo riquíssimo.
Homens Paiute |
Entre suas antigas lendas orais, contasse que a muitíssimo tempo, em uma região onde viviam (atual Nevada), habitou uma tribo de gigantes chamada por eles de, os Si-te-Cah. Diziam que eles se constituíam de homens e mulheres tão altos quanto 12 pés (3,65 m) de altura, tinham cabelos ruivos, pele clara, extremamente fortes e hostis. E justamente eles habitavam a região onde os Paiutes haviam se instalado. Conta-se então, que esse povo de gigantes causava medo e se mantinha imponente frente frente as tribos da região, praticavam antropofagia cultivavam um caráter guerreiro e seleto.
Uma vez, houve uma guerra entre tribos aliadas contra a tribo dos Si-te-Cah. Em uma emboscada, em meio a um confronto sangrento, os indígenas mataram muitos dos gigantes enquanto o que restara deles fora emboscado em uma caverna. Vitoriosos, os guerreiros índios exigiram que os gigantes deixassem a caverna e lutassem, mas, em desvantagem e feridos, eles se recusaram. Então, fogo foi ateado na caverna, para força-los a sair ou morrerem de vez. Os gigantes refugiados que se lançaram pra fora foram fitados por inúmeras flechas e perecendo, os que ficaram, morreram asfixiados. Caia assim, a nobre tribo dos imponentes gigantes de cabelo ruivo.
Sara W. Ropkins |
Sara Winnemuca Ropkins (1844 - 1891), uma escritora paiute do século XIX, filha de um chefe Paiute (cuja tribo vivia nas margens do lago Humboldt), ativista dos direitos indígenas, figura bastante conhecida nos E.U.A escrevera em seu livro auto-biográfico intitulado "Vida entre os Paiutes" publicado em 1883, um relato realmente incrível sobre a lenda indígena conhecida por Sara: "Meu povo diz que a tribo exterminada tinha o cabelo avermelhado. Tenho alguns de seus cabelos, que foram passados de pai pra filho. Tenho um vestido que está na minha família a muitos anos, aparado com o cabelo avermelhado. Vou usa-lo algum dia que eu palestrar. Ele é chamado vestido de luto e, ninguém tem esse vestido, mas minha família tem".
Até então, esse conto nativo ficou guardado apenas como mais um do panteão das lendas e profecias que sitavam grandes homens com características semelhantes que volta e meia entra no assunto sobre a cultura e religião dos antigos povos de toda a América. Porém, isso mudou quando, em 1911, fazendeiros, afim de colher terra adubável com esterco de morcego, adentraram uma escura caverna a 20 km da localidade de Lovelock, Nevada.
Após começarem a trabalhar nessa caverna e retirarem 4 pés (1,21 m) de terra, eles começaram a encontrar muitas setas quebradas de flechas indígenas que pareciam haver sido disparadas para dentro de lá bem como outros artefatos interessantes e finalmente, enormes ossadas humanas de cabelo vermelho. Mas pela condição encolhida e mumificada dos corpos, a altura chegava a variar entre 8 e 12 pés (2,43 - 3,65 m) Ao contrário do que se especula muito pelos sites e notícias sobre o assunto na internet, que variam entre os 6,5 e 8 pés (2 - 2,43 m). Mas qualquer pessoa pode tirar suas conclusões e ver em que irá se basear depois de ver a análise e comparação dos crânios e arcadas dentárias feitas feitas por especialistas. A maioria dos artefatos se perderam por falta de "interesse" da ciência no assunto. Mas alguns dos artefatos estão no museu Humboldt em Nevada e no Museu Nevada Historical Society, em Reno.
Mais claro, a arcada dentária de um homem adulto comum dos dias de hoje. Em volta, arcada dentária de uma ossada encontrada na caverna de Lovelock |
Caverna de Lovelock |
Impressionante de se notar também é que não era a primeira vez que esqueletos dessa espécie eram encontrados por ali. Em 1877, garimpeiros em Eureka, Nevada encontraram uma ossada de perna humana quebrada 4 polegadas (10 cm) acima da rótula, incluindo o pé. Essa perna fora encontrada entre rochas de quartzo e parecia muito antiga. Após usarem suas picaretas para a retirada da perna dentre as rochas, a ossada fora levada para exames. Os médicos, após todos os procedimentos relataram que a perna encontrada de fato pertencia a um humano de aparência muito moderna. A parte interessante era o tamanho dos ossos.
Crânio encontrado na Caverna de Lovelock |
Eles mediram 39 polegadas (99, 6 cm) do calcanhar ao joelho. O proprietário dela deveria ter em torno de 12 pés (3,65 m) de altura. Mais vestígios foram procurados na área, mas nada foi encontrado, mas a história foi amplamente publicada nos jornais da época. Hoje em dia, entretanto, a uma grande tendência dos órgãos científicos em manipular e ocultar essas histórias e principalmente os achados arqueológicos desses gigantes, que diga-se de passagem não são poucos. Alegando, certos "motivos políticos" e éticos, evidências e mais evidências, assim, tem estado longe do conhecimento das pessoas. Mas será que mesmo não existem provas e fundamentos suficientes para que se divulguem e se exponham esses achados tão fascinantes, ou há algo a mais que interfere na investigação desses fatos mais do que atestados? É esse o assunto do próximo artigo da série.