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Os Tocarianos, Verdadeiros Fundadores do Oriente - (PARTE I)




- Como é possível que mais de 100 múmias de homens brancos, cuja data indica uma antiguidade de 4.000 anos, foram encontradas em uma região do nordeste da China? - David Sentinella, no seu livro, "O enigma das múmias".


J. P. Mallory e V.H. Mair, em sua obra, "The Tarim Mummies", fazem referencia a um antigo povo que, segundo suas próprias palavras "os chineses consideravam descendentes dos saka (escita) (ou seja, da região de Escitia, próxima do Mar Negro)."


localização geográfica da Província de Yunnam


Este povo, instalado na província de Yunnan, a região do alto Mekong, tem deixado restos frequentemente associados ao povo escita (natural de Escitia, região da antiga Europa, entre o Danúbio, o Mar negro, o Cáucaso e o Volga): figuras de animais em luta, imagens de homens com cavalos, chifres usados para beber, dagas típicas das estepes euro-asiáticas, etc. Segundo os mesmos autores, muitas das figuras representadas na arte da civilização pré-histórica Dian e Yunnan, tem características caucasoides e vestem roupas similares ás empregadas pelos habitantes do Tarim, isto é, a influencia caucasoide, da qual não conhecemos nem sua origem nem sua filiação, parece ter chegado tão ao leste quanto ao sudeste da China, rodeando a Península da Indochina. Segundo alguns autores, estes movimentos pôde haver se produzido antes de 1000 a C. 





Localização geográfica da província de Xinjiang


O Vale do Tarim parece ter sido habitado desde há 11.000 anos (o descobrimento ali de pontas de lanças do período Mesolítico asseguraria). Há alguém que inclusive identifica os "Yuezhi" (possivelmente, o nome com o qual os chineses denominavam os tocarios) com a cultura neolítica chinesa de Yangshao: segundo esta interpretação, os indo-europeus teriam, igualmente, origem em dita região. Em qualquer caso, parece provável que os primeiros habitantes do Vale do Tarim a raça caucasoide. Qual seria sua origem?

Uma teoria defende a tese de que a origem do povo tocaria teria que ser buscada no Altai, entre os rios Yenisey e Obi (cultura de Afanasevo, dos milênios IV e III a C). Pertencente ao grupo "centum" de sua língua (junto ás línguas germânica, grega, latina e céltica), assim como haver conservado desinência "r" dos verbos reflexivos da origem do latim (exemplo: lavar-se, pentear-se, cuidar-se), lhe da o toque de arcaísmo.

Isto é, isso poderia significar que a língua tocariana:

1) Teria logo se desgarrado do núcleo originário das línguas indo-europeias, talvez situado nas planícies euro-asiáticos.

2) Poderia fazer parte do núcleo originário das línguas indo-europeias.

3) Outra possibilidade, nota-se que em tocaria A o número um tem a mesma raiz "sa" que em indonésio ("sas" versus "satu", respectivamente), pra não falar dos numerais do dois ou três ("wu" e "tre" em tocario A, versus "dua" e "tiga" em indonésio).

Mas o que diabos seria exatamente este idioma tocario?

O tocario está entre as línguas indo-europeias da Ásia (mais exatamente da Ásia Central) e consiste num importante idioma que forma um grupo independente. Só sobrevivem hoje em dia uns textos fragmentados em tocario. tem tomado inspiração da literatua sânscrita (note, o alfabeto que se usou nesses texto é de origem da Índia). São fragmentos de documentos que falam sobre medicina e religião budista. São em parte traduções de documentos sânscritos. O tocario não foi unicamente uma língua religiosa e sábia, mas que também foi utilizada como língua viva.

Os documentos  a existência de dois diferentes dialetos dentro do mesmo idioma que formam os designados tocario A e B. Posteriormente, lhe foi atribuído dois nomes particulares (relativos a região onde foram encontrados:

A) Turfânio: tocario de Turfão.

B) Kucheano: tocario de Kuchão.

Entre os documentos em Kucheano, se encontram "passaprotes" de caravana com o nome de um rei, Suvarnate, escrito neles. Esse rei, segundo testemunhas chinesas, governou na primeira metade do século VII. Isso mostra que nessa época, o tocario B era frequentemente falado na região. Não se pode determinar ainda a data exata na qual ambos os dialetos se extinguiram.

Caberia se perguntar: poderia ser este povo (o "Tokharoi" dos gregos) o anel que une a corrente entre Extremo Oriente e os povos indo-europeus que se estendem da Índia até o Atlântico? Seria o povo tocario um resíduo das tribos de povos caucasoides que ocuparam, em tempos remotos, os cinco continentes do planeta e cujas aparências são perceptíveis ainda hoje em dia? Seriam os tocarios os primeiros a "abrir" a rota da seda? As respostas para tantas perguntas e tantos céticos pode começar por fatos descobertos pela arqueologia e a historiologia como esta sendo através de alguns estudiosos destemidos, em vista de "entraves" que dificultam o exame da verdade.