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Essência Ideológica




A princípio, é importante perguntar-se qual é à base do complexo filosófico ideológico que se convencionou chamar a nossa ideologia. Não nos prendamos, por ora, às personalidades ou fatos históricos, mas essencialmente à Idéia. Existem valores que embasam filosoficamente as ideologias. Mesmo que sejam compostas por várias destas forças identificadas, sempre uma delas se salientará mais que as outras em uma dada ideologia. Esta base fundamental é o que se pode chamar de Mito, gravitando ao seu redor e dele dependendo várias outras componentes menores do complexo ideológico. Hodiernamente, as forças mais em voga são poder e capital – ou seja, quem exerce o poder e como se distribui o capital dentro de uma comunidade ou sociedade. Por exemplo, o Capitalismo visa à acumulação patrimonial como forma de obtenção e manutenção do poder; já o Comunismo visa alcançar, através do poder ou da força, a acumulação material em nome do Estado, ou melhor, em benefício dos administradores deste. Em ambos os exemplos, estão ignorados os planos sociais, à exceção das previsões científicas e utópicas, que não se evidenciam na prática. Outras ideologias políticas, com maior ou menor acerto, atribuem a base de sua idéia a conceitos como religião, pátria ou nação. Como já dito, a valoração de cada conceito é diversa em cada ideologia. Assim é que, por exemplo, no Fascismo italiano e igualmente no Franquismo espanhol, no Salazarismo português ou no Peronismo argentino, o valor principal é a Pátria, representada pelo poder estatal, ou seja, a organização política instalada sobre um determinado território, cujo desígnio é a distribuição da justiça social - neste caso, o Estado é o objetivo, não o meio. Os Integralistas brasileiros, assim como os Legionários romenos, desenvolveram a tese que enaltece além da Pátria a Religião, mais especificamente o Cristianismo de liturgia Católica, de onde se extraem os conceitos morais e o qual justifica o poder do Estado, sem prejuízo aos atributos próprios deste - neste caso, o Estado é o meio de exercício da moral religiosa e a Religião justifica a existência do Estado. A unidade da Nação se resume ao povo e à Justiça Social. O substrato do bem comum só pode ser a composição de alguns de seus caracteres mais elementares: os indivíduos são; a constituição e auxílio à família gerada dentro dos padrões nacionais; a conduta dentro dos padrões morais médios; a saúde pública - incluindo-se a preservação e aprimoramento do povo; a laboriosidade e o direito ao trabalho como meio de sustento da família e comunidade; a organização política (hierarquia estatal); a justiça social - neste ponto importando mais a sociedade que o indivíduo; a defesa dos interesses nacionais nas relações exteriores e a defesa militar dos territórios nacionais. Todas as demais são elementares flutuantes, muito mais ligadas à individualidade e personalidade dos cidadãos do que à Ideologia. O conceito hierárquico tem bases na própria Natureza, verificando-se entre todos os grupos de seres vivos mais desenvolvidos a predisposição natural de alguns elementos sobre os demais, seja pela sua força, capacidade de inteligência ou esperteza. É este indivíduo quem se responsabiliza pelos demais da sua espécie, pela preservação, manutenção, alimentação e defesa do grupo. Não somos animais, no entendimento de selvagens, mas não podemos negar a importância da nossa primordial instintividade face ao argumento da intelectualidade. A espécie humana é a única que permite a um elemento degenerado sobressair-se sobre os demais, liderar um grupo ou reproduzir. É porque essa intelectualidade egoísta despreza os conceitos originais da Natureza, ou seja, cria valores artificiais (morais) em detrimento dos valores naturais. Desta forma, é melhor o entendimento da responsabilidade coletiva e a clara e pacífica submissão da Nação aos princípios da hierarquia natural e do bem comum. Para distinguir bem o conceito moral natural do artificial, tomemos alguns os transmutando para valores sociais. Exemplos. A Natureza fez as espécies e os indivíduos desiguais, uns mais outros menos capazes, e a ideologia exaltam esta desigualdade entre os desiguais e a igualdade dos iguais; os conceitos liberais modernos, porém, afirmam que todos são iguais e pretende que todos sejam tratados igualmente. A Natureza demonstrou, por exemplo, que o cruzamento entre parentes consanguíneos (incesto) gera indivíduos degenerados e a proibição a esse tipo vil de conjunção carnal se codificou num conceito moral, natural e universalmente aceito; mas os liberais modernos atribuem sua origem não às leis naturais de seleção, mas às convenções sociais ou religiosas. A planta não se reproduz com luxúria, um animal não mata o outro por sadismo, o urso não hiberna por preguiça. Se você impede um gato de comer um rato, pode estar sendo “humano” com o rato, mas está sendo extremamente “desumano” com o gato, impedindo-o de cumprir as funções de seu ciclo natural. A Natureza não conhece a maldade; a maldade e o vício são criações existentes apenas no intelecto humano. Fundando-se nas leis da Natureza, nunca pode ser mal, senão apenas JUSTO - que seja o que há de ser. Se nossos pontos de vista parecem cruéis para a moralidade liberal, pouco nos importa, pois não respondemos a valores artificiais, senão apenas à Vontade Suprema.