Resultado evidente que na Comunidade como em qualquer outra comunidade de indivíduos agrupados em torno de uma ideologia, há pessoas pertencentes a todos os grupos sociais e profissões que funcionam dia-a-dia imersos no sistema na qual vivem, existem, se move... Desde o estudante, o trabalhador, o licenciado, o aposentado, o engenheiro, a dona de casa (alguma terá),... Mas, eu pergunto esses conhecimentos, essa profissionalidade, essa atividade útil para a sociedade, remunerada pelos empresários, pelos clientes, ou pelo próprio estado, a pormos em algum momento a serviço de nossa ideologia? Somos coerentes com nossas idéias ajudando e aplicando com nossos camaradas e pelo crescimento e desenvolvimento de nosso movimento na qual parece que acreditamos? Evidentemente, muitos (que Deus o queira!) responderão afirmativamente a esta pergunta, sim assim é, este artigo não está dedicado à vocês, mas aos quais neles surgiu a reflexão: faço algo pela causa na que acredito? Ou prefiro estar em minha casa, em um computador pensando ou criticando, o que deveria ser sem mover um dedo? Sou capaz de abandonar por um instante meu “aburguesamento” e dedicar meus conhecimentos, minhas habilidades, minha experiência na dura e árdua luta do ideal?
A teoria é uma parte importante em qualquer atividade, o exemplo, o ideal e as análises necessárias para levar adiante qualquer empresa que nos proponhamos, mas deixá-la no plano das idéias não deixa de cair no idealismo e na utopia fazendo dos pensadores críticos sanguinários e destruidores dos ânimos e das atividades dos atores (digo atores aos ativistas realizadores de ações) muitas vezes impulsionados impulsivamente, mas sem prévia reflexão dos atos. Há muitas formas de lutar e de ser ativo, cada um do seu posto, dando o melhor de cada um, não simplesmente observando. Quem observa também tem sua missão, mas não devemos ser todos observadores, e quem observa que analise, alente e coopere. Não fiquemos como meros espectadores desta luta deixando que outros deixem seus sangues nesta luta, sangue que se traduz em tempo, em dinheiro, em horas de trabalho não remunerado, e em amor a nossa causa por conseguir restaurar nosso meio, que nossos antepassados construíram, não deixe tudo isso morrer na mão dos corrompidos, faça valer sua existência e sua força.