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Ainus, Ancestrais Caucasianos Fundadores do Japão





Nas distantes ilhas japonesas habita ainda hoje um povo cujas características gerais difere totalmente da raça nipônica. Eles são os chamados Ainus. Essa raça habita hoje em poucas partes do Japão, exatamente nas ilhas de HokaidöCurilas e Sacalinas. Eles preservam ainda hoje sua língua própria, sua religião, cultura e modo de viver, não obstante sua própria raça.
Este mapa mostra a localização geográfica das ilhas no Japão

O que se supõe é que este povo habitou o Japão a quase cem mil anos e precederam os povos orientais ali presentes. Agora o mais impressionante é que esse antigo não possui em suas origens qualquer ligação com os povos japoneses mas sim, uma forte acedência mongoloide/sibéria-ariana ou simplesmente caucasiana. Mas como certo tipo de povo pode, em tão longínquo tempo, ter povoado e reinado sobre terras tão distantes de terras caucásicas originais? Essa é uma questão histórica ainda obscura e hoje em dia repleta de "entraves governamentais".






Homem Ainu, em foto de 1880

A palavra Ainu, ou aino, do japonês, "アイヌ", significa algo como "homem", "pessoa", em oposição a palavra "Kamui", que em seu idioma se refere aos seres divinos, no dialeto da da língua Ainu da ilha de Hokaido. Os japoneses também se referem a eles como "Emishi", "Yezo" ou "Ezo", que acreditasse, seja uma expressão derivada da palavra primitiva dos Ainu do ilha de Sacalina, "Enju", que também significa algo como "pessoa" em sua língua.

Origens:

Como já previsto, a origem do povo Ainu é misteriosa, intrigante e certamente fascinante, pois nos ensina muito a nos dar uma verdadeira noção de exemplo histórico não só dos nossos antigos ancestrais mais dos antigos seres humanos em geral. 

Descartando-se hoje uma teoria autóctone, as teorias de origem do povo Ainu divergem entre si. A quem indique que eles são provenientes de "raças oceânicas" (povos extintos da Ásia que, ao contrário de raças isoladas, se disseminaram num principio primitivo do continente), por parte de pesquisadores que afirmam ser possíveis descendentes de grupos pré-históricos da Ásia-Oceania que  foram os mesmos produtores de resíduos linguísticos presentes hoje em povos aborígenes australianos. 

Porém, essas teorias ainda consistem muito vagas quanto a teoria das origens caucasoides. Essa última, se confunde muito com uma especulada teoria mongólica. Segundo a teoria caucasoide, os Ainus são uma raça procedente da Sibéria, e por similaridades, sua língua chega muito perto de ser um elemento de mistura mongólica e caucásica, provavelmente ariana. 



Testes genéticos também afirmam que os Ainus pertencem ao grupo genético do haplo grupo Y-D e os únicos lugares onde esses grupos genéticos são comuns hoje em dia são no Tibete (parte da China) e Ilhas Andamão (Índia) (1). As linhagens genéticas do DNA mitocondrial dos Ainus apresentam, em principal, o haplo grupo Y (21,6 %) e haplo grupo M7a (15,7%) e a questão está que: o DNA mitocondrial do haplo grupo Y é encontrado principalmente entre os povos Nivkhs, no norte da Sacalina (onde á forte presença Ainu), com muito menor frequência entre os povos coreanos, mongóis, tungúsicos, japoneses, chukchiskoryaksitelmens e austronésios. O DNA mitocondrial do haplo grupo M7a, por outro lado é encontrado quase exclusivamente em japoneses, ryukyuanos (Taiwan) e coreanos. 

Migração:

Acreditasse que o Japão fora habitado desde um período que varia entre 35 e 100 mil anos atrás, no período Paleolítico. Fósseis de plantas e animais mostram que muito antigamente, o Japão era unido ao continente asiático. 

Japão durante a última glaciação (20.000 anos atrás) o laranja indica a terra acima do nível do mar,  o branco indica as áreas com gelo permanente

É provável que os primeiros habitantes tenham migrado através de "pontes terrestres" que ligavam que ligavam a ilha de Honshu á Coréia e a ilha de Hokaidö á Sibéria. O que hoje é o mar do Japão, outrora fora um grande lago. Assim, a cerca de 20 mil anos, as grandes geleira se dissiparam após a ultima glaciação, elevando o nível do mar e criando os grandes estreitos que separam as ilhas japonesas umas das outras e do grande continente. 


Essa, é até hoje a teoria mais segura sobre o surgimento dos homens no Japão. E não parece tão fantástica para história, visto que conhece a teoria do Estreito de Bering, ocorrida não muito longe dali.

Os japoneses, em sua maioria genética descendem de povos do continente como malaios, polinésios e mongóis, contendo muitas variações que ocorreram devido as mudanças acontecidas nos primeiros períodos imigratórios de sua era. Os Ainus não. São nitidamente diferentes, aparentando-se mais com povos da Sibéria. São mais altos, de constituição corporal mais robusta e possuem mais barba e pelos no corpo do que os japoneses em geral.


Cultura e Religião:

Em sua cultura e religiosidade, os Ainus respeitavam as coisas úteis e aproveitáveis da natureza. As coisas além da compreensão terrena estava no ramo das coisas divinas, sobre o controle dos Kamui (Deuses). Sendo um povo muito ligado a religiosidade natural e vitalista, seus Deuses incluíam o da natureza, trovão, água, fogo e vento, por exemplo, Deuses animais ( representados em urso, raposa, coruja, cachorro, baleia...), Deuses planta (cogumelos, artemísias), Deuses objetos (representados por canoas e panelas), Deuses das montanhas, dos lagos e protetores das casas.





Suas práticas xamãs, hoje são conhecidas através das Itako, como são chamadas algumas médiuns japonesas, dentre essas práticas também são conhecidos os cultos aos antepassados.



Durante as mais remotas eras da história japonesa, os Ainu coexistiram com os orientais japoneses, dominando grandes partes da ilha nipônica e uma prova disso está que durante muito tempo os pesquisadores dividem-se entre as teorias de que os ancestrais dos Ainus são seriam os principais fundadores da Cultura Jomon (8.000 - 4.000 e 4.000 - 300 a C), nome do período que se dá a era das primeiras civilizações no Japão, com o aparecimento do uso da cerâmica e a sedentarização humana.

Uma típica casa Ainu


O que os torna tão ou mais nativos daquelas terras, cuja cultura (Jomon) é considerada a mais nativa. Nos períodos posteriores, o que se vê entre os especialistas é o debate sobre o quanto a cultura dos Ainu influenciara na história antiga do Japão pré-dinástico e seus traços são inegáveis.


Historiografia:

Tanto que na historiografia japonesa, data que as culturas Ainu expandiu-se maximamente durante os períodos de 1400 - 1700. Divergente ao período de unificação das dinastias, ao qual o Japão passava nesse tempo e consequente a união do território sobre uma unica "bandeira popular dinástica". Logo após 1400, os japoneses da Era Muromachi intensificam intensificam sua influencia ao sul de Hokaidö, primeiramente em Esashi e Matsue. Logo após, começou-se a colonização dos territórios que abrigavam raças Ainu. Entre um período de 1400 á 1789 estabelece-se no Japão um período de resistência ás casas imperiais japonesas. Os ápices dessas resistências se traduziram nas batalhas de Kosyamaim (1457), a batalha de Syaksyain (1669) e a batalhas de Kunasiri-Menasi (1789), todas ganhas pelas hordas militares japonesas de unificação frente ao bravo e feroz guerreiro Ainu, sempre em menor número frente aos orientais nipônicos. 



Perdida a última batalha em decisiva de Kunasiri-Menasi, em 1789, os Ainu ficaram sobre controle dos colonizadores japoneses. O povo Ainu foi pressionado a adotar nomes nipônicos e  foi explorado como mão de obra, foram proibidos de praticar publicamente seus costumes culturais e religiosos, sendo forçados a adotar cultura e costumes japoneses  até o período da Era Meiji (1868 - 1912), a famosa era de transformação política e governamental de abertura ao ocidente. 

Família Ainu no começo do século XX


Pintura japonesa retratando ainus, em 1870
A ilha de Hokaidö era chamada Ainur Moshir, e foi formalmente anexada pelo Japão em 1868 para impedir uma invasão russa e logicamente, razões imperialistas. 


Grupo Ainu em foto de 1904
Em 1899, os habitantes Ainus de Hokaidö organizaram ações de defesa pela identidade Ainu: A primeira ação foi uma reestruturação do povo Ainu e ajuda-los com apoio de agricultores japoneses. Com isso, o povo Ainu conseguiu classificação de aborígene (juntamente aos japoneses, nada mais justo) e foram criadas classificações distintas para os Ainus e nipônicos.


Mesmo assim, a discriminação aos Ainus, ao fim da Era Meiji em diante, sempre foi repleta de discriminação cultural. O povo Ainu e sua cultura indígena sofreram e sofrem discriminações ao longo das décadas. No entanto, a discriminação tem diminuído muito desde os anos 1990 e alguns Ainus até alcançaram hoje em dia, posições de destaque na arte e política japonesa. Mas a maioria dos Ainus de hoje integrou-se inteiramente a cultura japonesa. Ao lado, foto de mulher Ainu. 



Quem são e como vivem os Ainus hoje, Uma luta por reconhecimento :

No entanto, a discriminação tem diminuído muito desde os anos 1990 e alguns Ainus até alcançaram hoje em dia, posições de destaque na arte e política japonesa. Mas a maioria dos Ainus de hoje integrou-se inteiramente a cultura japonesa. 

Devido a assimilação da sociedade japonesa através dos séculos, já não existem Ainus verdadeiramente puros hoje em dia. Atualmente compondo uma minoria étnica de 150.000 indivíduos, apesar de um número exato não ser conhecido, devido ao fato de muitos Ainus esconderem suas origens por questão racial, estão confinados as três ilhas hoje, devido as consequências históricas de assimilação e morticínio de seus membros e culturas. O termo utari (em japonês, ウタリ), que significa algo como, "companheiro" na língua Ainu, é preferido pela maioria dos membros dessa minoria racial hoje em dia. A foto ao lado, é do Centro de Promoção Cultural e Museu Ainu, em Sapporo (Sapporo Kirka Kotan).


Em 1997, foi abolida a lei de 1899, aprovada em Tóquio que previa "direitos do Estado" sobre os aborígenes Ainus. Ela foi substituída por outra que defendia a proteção das tradições Ainu, mas não reconhecia esse povo como etnia própria. 



Grupo Ainu reverencia após decisão parlamentar
Somente em 2008, Era Heisei, o parlamento japonês reconheceu oficialmente, por unanimidade, o povo indígena Ainu, privado de existência legal até então, como povo com sua própria raça, religião e língua e cultura. A medida foi tomada em pró da ajuda aos Ainus, que estão entre os indivíduos mais pobres do país. Apesar de simbólico, o reconhecimento deveria vir em termos de educação para os ainu que sofrem com a evasão escolar, visto que apenas 17% dos ainus conseguem diplomas universitários, o que é duas vezes menos que a média nacional japonesa. Mas convenientemente, a decisão fora tomada á época em que se aproximava a reunião da cúpula do G8 na ilha de Hokaidö (norte). 

Algo de bom hoje em dia na etnia que ainda sobrevive, é que em muitíssimos casos, a racialidade não é problema ou preocupação para os mais velhos, já que os pais e avós mantem sua procedência cultural de forma privada, mantendo as crianças protegidas de problemas sociais ou vergonha de suas origens. 

A maioria dos indivíduos de origem Ainu ainda hoje estão na ilha de Hokaidö. A região ainda preserva muito dessa cultura ancestral e diferente do Japão. Ao lado, foto recente de crianças Ainu.


(Imagem de anciões Ainu hoje):






Nota:

(1) - Tanaka et al (2004)